Sequenciamento do genoma de duas espécies de abelhas

Foi realizado o sequenciamento genético de duas outras espécies de abelhas do genêro Bombus (que estão desaparecendo mundialmente), que são:

  • Bombus impatiens (comum nos Estados Unidos)
  • Bombus terrestres (comum na Europa)

O primeiro sequenciamento completo do genoma de uma espécie de abelha (Apis mellifera) foi realizado em 2006 (mais informações em http://agencia.fapesp.br/abelha_tem_genoma_sequenciado/6268/).

As abelhas são muito importantes para a agricultura e para o meio-ambiente, porém existe um declínio das populações de abelhas em vários países que poderia ser causado por pesticidas, doenças, parasitas ou mudanças climáticas.

http://www.tnsustentavel.com.br/noticia/12191/cientistas-procuram-por-abelha-invasora-na-america-do-sul

O estudo atual envolveu diversos centros em 16 países: Estados Unidos, Alemanha, Austrália, Bélgica, China, Dinamarca, Espanha, Grécia, Inglaterra, Irlanda, Israel, Japão, Noruega, Nova Zelândia e Suíça e o Brasil.

Os resultados foram publicados na revista Genome Biology “The genomes of two key bumblebee species with primitive eusocial organization” (http://www.genomebiology.com/2015/16/1/76).

Mais informações em:
http://agencia.fapesp.br/sequenciamento_de_genomas_de_abelhas_do_genero_bombus_favorece_a_preservacao/21312/

Eucaliptos transgênicos (Notícias)

Segundo notícia da IPS (Inter Press Service) escrito por Carey L. Biron (22 de agosto de 2014) o Brasil e Estados Unidos estão terminando o processo inédito para a aprovação do uso comercial de eucaliptos geneticamente modificados. O eucalipto é uma árvore de grande interessse comercial e sua madeira é utilizada principalmente na produção de polpa e produtos derivados do papel.

Os Estados Unidos já autorizaram o uso de duas árvores frutíferas transgênicas, mas o eucalipto será a primeira espécie florestal. A China já aprovou o álamo transgênico.

As autoridades dos Estados Unidos estudam dois tipos de eucalipto GM (geneticamente modificado) para resistir a geadas e antibióticos, o que permitiria ter plantações mais ao norte do país. A empresa ArbonGen, que pediu a aprovação, afirma que, com a introdução de suas mudas trasngênicas de eucaliptos, se ampliaria em quatro vezes as áreas do país que poderiam plantar eucaliptos.

Outra empresa já faz experimentos no Brasil com eucaliptos GM há alguns anos é a empresa FuturaGene, que foi comprada pela pela brasileira Suzano Papel e Celulose em 2010. Estas árvores modificadas, com a alteração de um gene, produzem 20% mais madeira em relação aos congêneres Eucalyptus. A pequena área de 2,2 hectares de eucaliptos, numa fazenda no município de Angatuba-SP é um dos quatro plantios experimentais dessa árvore GM realizados e o objetivo é avaliar a biossegurança dos transgênicos para verificar se eles causam impactos no ambiente ou em outros organismos.

Fontes:
Artigo original: http://www.ipsnews.net/2014/08/u-s-brazil-nearing-approval-of-genetically-engineered-trees/
http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/02/11/mais-celulose-por-centimetro-quadrado/
http://envolverde.com.br/ambiente/brasil-e-estados-unidos-autorizarao-os-primeiros-eucaliptos-transgenicos/

eucalipto

Mauro Vieira / Agencia RBS

Ebooks gratuitos de genética

Neste link da Sociedade Brasileira de Genética (http://sbg.org.br/publicacoes-2/livros-e-ebooks/livros-e-ebooks/), você pode obter vários ebooks gratuitos sobre diversos temas genéticos, como: evolução, estudos filogeográficos, clonagem, variabilidade genética humana, entre outros.

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Cabelos ruivos são resultado de mutações genéticas

O rutilismo é a característica genética responsável pelos cabelos ruivos. Cerca de 2% da população mundial é ruiva e mais frequente (2–6%) em pessoas cujos ancestrais são oriundos do norte ou oeste europeu. O lugar do mundo com o maior número percentual de ruivos é no Reino Unido, especialmente a Escócia, onde 10 a 13% da população escocesa tem cabelos avermelhados.

Quem tem cabelos ruivos possui uma das cinco variantes genéticas no gene chamado receptor da melanocortina-1 (MC1R) no cromossomo 16, que resulta numa maior produção de um tipo de melanina chamada feomelanina, um pigmento amarelo-avermelhado que apresenta capacidade de bronzeamento muito pequena.  O gene MC1R é responsável pela produção de melanina e é recessivo, ou seja, ruivos podem nascer depois de gerações de morenos ou loiros numa família.

Segundo Miot et al. (2009), a melanina é o principal pigmento biológico envolvido na pigmentação cutânea que causa diferenças na coloração da pele e atua como um “filtro solar”, prevenindo danos causados pelos raios ultravioletas (UV). A melanina da pele resulta da mistura de dois tipos de melanina, a feomelanina e eumelanina, e a proporção entre estas duas determina a cor da pele e cabelos. Por exemplo, o cabelo preto é composto quase que 100% de eumelanina.

Nos ruivos existe uma redução da eumelanina e a presença predominante de feomelanina. Mas as pessoas com pele clara, as quais contêm relativamente altas quantidades de feomelanina, apresentam um risco aumentado de dano epidérmico (queimaduras solares e desenvolvimento de câncer), induzido por raios UV, pois a feomelanina tem um grande potencial em gerar radicais livres, em resposta aos raios UV (Miot et al. 2009).

De acordo com uma pesquisa feita pela Universidade de Barcelona (artigo intitulado A melanocortin 1 receptor allele suggests varying pigmentation among neanderthals publicado em 2007 na Science), pelos menos parte dos neandertais teria cabelos avermelhados. O estudo é a primeira demonstração de que os neandertais teriam sido ruivos e de pele clara. A suspeita era antiga, uma vez que a pele clara facilitaria a produção de vitamina D, o que representaria uma vantagem para a espécie que habitou a Europa em comparação com a África.

Fontes

Dica de Leitura – Revista Genética na Escola

A revista Genética na Escola é um espaço dedicado principalmente ao educador na área de genética. A revista se propõe a difundir experiências educativas na área de genética, sejam elas práticas inovadoras ou enfoques metodológicos, a proporcionar reflexões sobre conceitos de genética e a discutir os desdobramentos na tecnologia na qualidade de vida das populações e a divulgar materiais destinados ao trabalho em sala de aula.
Genética na Escola é uma publicação semestral da Sociedade Brasileira de Genética e seu conteúdo gratuito pode ser acessado pelo site http://www.geneticanaescola.com.br/menuRevista.html, onde você poderá escolher qual edição quer acessar (em formato pdf).

A revista não é apenas para os professores de Genética, mas a todos interessados na Genética! Na última edição tem um artigo interessante sobre um jogo chamado Perfil da Genética, adaptado do jogo Perfil (da Grow), cujo objetivo é estimular os alunos a entender, recordar e fixar conceitos genéticos.

 

Livro gratuito sobre Nanotecnologia

A nanotecnologia é o estudo, manipulação, construção de materiais, substâncias, dispositivos e objetos em escala nanométrica (bilionésimo de metro). A aplicação ocorre em diversas áreas, como fármacos, dispositivos semicondutores, sistemas de energia, polímeros, novas soluções para problemas energéticos e soluções para a agricultura.

As Nanotecnologias não são uma indústria, mas, certamente, estarão presentes em todos os setores industriais. Partindo-se desta idéia de base, é importante que se conheça, de modo claro e atualizado, não apenas o escopo das mesmas, como também sua definição, à luz dos interesses das indústrias, na medida em que estes pontos acabam tendo uma imbricação natural com a política de patentes e as questões relacionadas com a propriedade industrial.

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) acaba de lançar o estudo Nanotecnologias: subsídios para a problemática dos riscos e regulação.

O livro teve sua produção coordenada pela Fundação de Desenvolvimento da Universidade Estadual de Campinas (Funcamp) e oferece informações a pesquisadores, empresários e entidades que lidam com o assunto. O responsável técnico da publicação é Oswaldo L. Alves, professor do Departamento de Química Inorgânica do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas.

Além de abordar riscos e questões regulatórias relacionadas ao uso de nanotecnologia na indústria ou na academia, a publicação reúne ampla bibliografia sobre o tema.

O estudo está disponível gratuitamente em: www.abdi.com.br/Estudo/Relat%C3%B3rio%20Nano-Riscos_FINALreduzido.pdf

Fonte: http://agencia.fapesp.br/15002

Sejam Bem-vindos!

Oi pessoal, este é o primeiro post. Ainda estou aprendendo como mexer neste blog. Problemas “técnicos” à parte, pretendo comentar, postar e informar assuntos relacionados à Genética Molecular, que é minha área de atuação desde 2003. Sou zootecnista formada em 2003, fiz mestrado e doutorado em zootencia também, mas meus projetos foram focados em genética molecular avícola (galinhas). Acredito que nesta área não importa muito o organismo estudado, mas as técnicas de genética molecular podem, de forma geral, serem aplicadas nos diferentes organismos, seja ele um animal, vegetal, etc. Gostaria de postar aqui notícias interessantes sobre o tema, onde os leitores possam comentar e deixar sua opinião. Também pretendo comentar assuntos de Biotecnologia, que de certa forma também estão ligados à Genética Molecular, ou melhor, a Genética Molecular faz parte da Biotecnologia. 

Gostaria muito da participação de todos e sugestões de assuntos a serem abordados! Boa leitura!

abraço

Clarissa B.