Eucaliptos transgênicos (Notícias)

Segundo notícia da IPS (Inter Press Service) escrito por Carey L. Biron (22 de agosto de 2014) o Brasil e Estados Unidos estão terminando o processo inédito para a aprovação do uso comercial de eucaliptos geneticamente modificados. O eucalipto é uma árvore de grande interessse comercial e sua madeira é utilizada principalmente na produção de polpa e produtos derivados do papel.

Os Estados Unidos já autorizaram o uso de duas árvores frutíferas transgênicas, mas o eucalipto será a primeira espécie florestal. A China já aprovou o álamo transgênico.

As autoridades dos Estados Unidos estudam dois tipos de eucalipto GM (geneticamente modificado) para resistir a geadas e antibióticos, o que permitiria ter plantações mais ao norte do país. A empresa ArbonGen, que pediu a aprovação, afirma que, com a introdução de suas mudas trasngênicas de eucaliptos, se ampliaria em quatro vezes as áreas do país que poderiam plantar eucaliptos.

Outra empresa já faz experimentos no Brasil com eucaliptos GM há alguns anos é a empresa FuturaGene, que foi comprada pela pela brasileira Suzano Papel e Celulose em 2010. Estas árvores modificadas, com a alteração de um gene, produzem 20% mais madeira em relação aos congêneres Eucalyptus. A pequena área de 2,2 hectares de eucaliptos, numa fazenda no município de Angatuba-SP é um dos quatro plantios experimentais dessa árvore GM realizados e o objetivo é avaliar a biossegurança dos transgênicos para verificar se eles causam impactos no ambiente ou em outros organismos.

Fontes:
Artigo original: http://www.ipsnews.net/2014/08/u-s-brazil-nearing-approval-of-genetically-engineered-trees/
http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/02/11/mais-celulose-por-centimetro-quadrado/
http://envolverde.com.br/ambiente/brasil-e-estados-unidos-autorizarao-os-primeiros-eucaliptos-transgenicos/

eucalipto

Mauro Vieira / Agencia RBS

Expansão mundial dos transgênicos

Brasil

Com 30,3 milhões de hectares em 2011, o Brasil obteve o maior crescimento entre os países produtores de culturas geneticamente modificadas. O resultado foi divulgado pelo Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA). O Brasil consolida a segunda posição no ranking mundial de países que adotam a biotecnologia em suas lavouras, atrás penas dos Estados Unidos (com 69,0 milhões de ha).  “Pelo terceiro ano consecutivo, o país foi o motor do crescimento global, aumentando, em 2011, sua área de plantio em 4,9 milhões hectares (ou 19,3%), mais do que qualquer outro país”, afirma Clive James, presidente do ISAAA.

Mundo

África – África do Sul, Burkina Fasso e Egito, em conjunto plantaram 2,5 milhões de hectares de transgênicos. Três outros países (Quênia, Nigéria e Uganda) realizaram ensaios de campo com milho, mandioca, banana e batata doce, culturas prioritárias para os países pobres.

Europa – Seis países da UE (Espanha, Portugal, República Checa, Polônia, Eslováquia e Romênia) plantaram 114.490 hectares de milho Bt (resistente a insetos), 26% a mais do que em 2010. Além disso, Suécia e Alemanha plantaram simbólicos 17 hectares da batata Amflora, que apresenta maior alto teor de amilopectina, substância de aplicação na indústria de papéis e adesivos.

Países em desenvolvimento – Das 29 nações produtoras de transgênicos, 19 são países em desenvolvimento e detêm aproximadamente 50% das plantações. Espera-se que, em 2012, eles ultrapassem os países industrializados na adoção de Biotecnologia.

Pequenos produtores – Ao todo, 16,7 milhões de agricultores plantaram culturas geneticamente modificadas. Desses, 90% são considerados de pequeno porte.

Meio ambiente

Entre 1996 e 2010, verificou-se que a adoção de biotecnologia nas lavouras contribuiu para a redução da utilização de 443 milhões de quilos de ingredientes ativos nas lavouras.  Além disso, sem a adoção dos transgênicos nesse período, 91 milhões de hectares de terra a mais teriam de ser utilizados para produzir as 276 milhões de toneladas adicionais de alimentos, rações e fibras geradas entre 1996 e 2010. Apenas em 2010, a redução do uso de maquinário agrícola nas lavouras transgênicas, o menor número de aplicações de inseticidas e herbicidas e o sequestro de carbono do solo em razão de cultivos com menor necessidade de aragem resultaram na redução de emissão de CO2 em 19 bilhões de quilos, o equivalente a retirar 9 milhões de carros de circulação das ruas.

Fonte: http://www.cib.org.br/

Para acessar o sumário em inglês: http://www.cib.org.br/pdf/ISAAA_Briefs_43_Executive_Summary_Jan2012.pdf

Efeitos positivos dos transgênicos na agricultura

A indústria Biotecnológica foi responsável pelo crescimento da agricultura mundial em quase US$65 bilhões de 1996 a 2009, segundo uma análise conduzida por Graham Brookes e Peter Barfoot da PG Economics Ltd. na Inglaterra. Brookes e Barfoot investigaram o impacto econômico da Biotecnologia agrícola em fazendas, analisando os rendimentos, custos de produção, renda agrícola direta, efeitos indiretos da renda e os impactos na produção das quatro principais culturas (soja, milho, algodão e canola).

Houve um aumento de cerca de 65 bilhões de dólares na renda líquida das fazendas, que é o benefício após o pagamento das sementes. Eles calcularam que quase metade da renda global líquida provém de produtores rurais em países em desenvolvimento.

 “A biotecnologia e especificamente as lavouras geneticamente modificadas (GM) têm tido um impacto positivo importante na renda das fazendas resultante de uma combinação de maior produtividade e ganhos em eficiência,” acreditam eles. Ela tem acrescentado 5,8% ao valor da produção global das quatro principais culturas examinadas, com mais economia para a produção de soja.  A equipe também relata que em 2009, 53,1% dos benefícios da renda agrícola foram para os produtores em países em desenvolvimento e a grande maioria daqueles ganhos em renda originou do algodão transgênico resistente a insetos e da soja transgênica com tolerância a herbicidas.

O relatório (set./2011) completo foi publicado pela International Journal of Biotechnology (The income and production effects of biotech crops globally 1996-2009. Int. J. Biotechnol., 12, 1-49, 2011).

Fontes

http://www.anbio.org.br/
http://www.physorg.com/news/2011-09-benefits-biotech-gm-crops-benefit.html.

Argentina aprova plantio e comercialização de novo milho transgênico (Notícias)

O Ministério da Agricultura da Argentina autorizou, no dia 1º de dezembro de 2011, o plantio, o consumo e a comercialização de mais um milho geneticamente modificado (GM). A nova variedade da planta, que ainda não foi aprovada no Brasil, é tolerante a herbicidas e vai ser mais uma tecnologia disponível para os agricultores do país vizinho.

Na Argentina, até hoje, estão aprovados 22 organismos geneticamente modificados: 3 variedades de soja, 3 variedades de algodão e 16 variedades de milho. Desses, cinco foram aprovados em 2011.

De acordo com o Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações Biotecnológicas Agrícolas (ISAAA), a Argentina é o terceiro país que mais planta transgênicos no mundo, com 22,9 milhões de hectares cultivados em 2010, atrás de Estados Unidos (66,8 milhões de hectares) e Brasil (25,4 milhões de hectares).

Fonte: http://www.cib.org.br

A polêmica da aprovação do feijão transgênico

Recentemente (set./2011) a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança CTNBio) aprovou o feijão transgênico desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A variedade 100% nacional da espécie carioquinha é resistente à doença conhecida como mosaico dourado. A região sudoeste paulista, responsável por 90% da produção estadual, praticamente deixou de plantar uma das duas safras anuais do grão por causa da praga conhecida como mosca branca.

A aprovação na CTNBio se deu por votação depois de análise técnica de um relatório de 500 páginas elaborado pelos pesquisadores da Embrapa. O transgênico foi aprovado por 15 votos favoráveis, 2 abstenções e 5 manifestações pelo prolongamento das discussões.

Agora, Embrapa realizará ensaios para registrar a aprovação no Ministério da Agricultura que pode demorar até 3 anos para a disponibilização das sementes aos produtores. Segundo um dos Pesquisadores responsáveis, Francisco Aragão, este feijão vem sendo estudado desde 2000 e somente em 2004 a planta foi gerada.

 

Mas as opiniões sobre o tema são divergentes:

Se não ficaram doentes com os alimentos convencionais até hoje consumidos, melhorados frequentemente por mutagênese pesada, e cultivados com pesticidas e fertilizantes, se, em média, estamos ganhando 5 a 6 horas de vida por dia devido à múltiplos fatores ligados à educação, ciência e tecnologia, consumam alegremente e com orgulho o feijão da Embrapa. Como benefício extra, saibam que este feijão receberá menos ou nenhum inseticida, o único recurso existente para reduzir a infestação com a mosca branca, que transmite o vírus. Bom apetite” Francisco G. Nóbrega e Maria Lucia Zaidan Dagli (Professores da Universidade de São Paulo).

“Para garantir que não existe risco para a população de se alimentar com este feijão foram analisados 10 ratos (3 deles foram sacrificados para análises), que foram alimentados por apenas 35 dias com o feijão transgênico comparados com o mesmo feijão não transgênico. Não foram avaliados, ao menos não foram apresentados, dados sobre os efeitos em animais em período de gestação e tampouco estudos de efeitos sobre mais de uma geração, previstos em normas da CTNBio. Como se pode obter dados significativos com a avaliação de 3 animais alimentados durante 35 dias? Lembrando que a população brasileira consome durante toda a vida? Nenhuma revista científica séria no mundo aceitaria um trabalho destes para publicação com esta amostragem, mas os “cientistas” aceitaram” José M.G. Ferraz (membro da CTNBio, pesquisador aposentado da Embrapa, pesquisador convidado do Laboratório de Engenharia Ecológica da Unicamp e diretor da Associação Brasileira de Agroecologia).

“Não vejo a hora de plantar esse feijão” Luis Domingues Ramos (agricultor, produtor em Itapeva, sudoeste paulista).

 “Os ativistas contra transgênicos são mais enfáticos contra esse transgênico, produzido no Brasil, do que contra os feitos pelas grandes empresas internacionais”. Francisco Aragão (Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia).

“A justiça cometerá uma injustiça se barrar o feijão da Embrapa” Walter Colli (professor do Instituto de Química da Universidade de São Paulo e presidente da CTNBio entre 2006 e 2009).

Caso entre de fato em produção, o feijão da Embrapa será a primeira variedade modificada produzida no Brasil, sem participação das grandes empresas multinacionais. Vários outros vegetais transgênicos já foram liberados no Brasil, como a soja e o milho, ambos frutos de pesquisas com o envolvimento de empresas multinacionais. Por que tanta preocupação com uma variedade 100% nacional? Sabemos da dificuldade de realizar pesquisas no Brasil. Para muitos pesquisadores do Brasil esta aprovação é motivo de orgulho.

Para saber mais

Avaliação de risco do feijoeiro transgênico: serenidade na condução e consistência dos resultados (http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=79531)  (http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=79511)
O feijão transgênico da Embrapa é seguro(http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=79573)
 
Fontes
http://revistapesquisa.fapesp.br
http://www.jornaldaciencia.org.br
http://www.estadao.com.br

Você já comeu sua vacina hoje (vacinas comestíveis)? E as vacinas geneticamente modificadas ou transgênicas, o que são?

Muito se fala sobre a biotecnologia e plantas geneticamente modificadas, mas poucos sabem que a transgenia é utilizada com muito sucesso na saúde há mais de duas décadas. Sua primeira aplicação comercial aconteceu em 1982, com a produção de insulina para o tratamento de diabetes. Nos últimos anos, dentre as principais evoluções na área estão as vacinas transgênicas e comestíveis, que, por conta dos benefícios que apresentam, atraem cada vez mais investimentos e pesquisas.

Porém ainda hoje, muitas pessoas não têm acesso às vacinas mais importantes contra difteria, tuberculose, tétano e pólio. Morrem milhares de pessoas em virtude de enfermidades, pela falta de vacinas, medicamentos, vermífugos e saneamento básico, além da falta de comida. A situação é ainda mais crítica em países pobres ou em conflitos sociais, onde o serviço público de saúde sequer existe. Esta situação poderia ser modificada mediante o fornecimento de alimentos geneticamente modificados (com maiores teores de vitaminas, minerais e proteínas) e das vacinas via oral (comestíveis).

No início da década de 1990, Charles Arntzen imaginou uma forma de resolver estes problemas de uma maneira muito barata e eficaz: criar alimentos geneticamente modificados, capazes de produzir vacinas. Após mais de 20 anos, dentre as principais evoluções estão as vacinas transgênicas e as comestíveis. As vacinas comestíveis possuem diversas vantagens: não precisam ser refrigeradas, não é necessária a utilização de seringas e estas vacinas quando ingeridas encontram-se protegidas do suco gástrico (pelas paredes vegetais), sendo liberadas gradativamente já no intestino delgado.

 

Em 1995, Arntzen conseguiu obter plantas de tabaco que produziam uma proteína antígena para o vírus da hepatite B, testou em ratos e estes se tornaram imune à doença. Em 1998 Hilary Koprowski desenvolveu uma alface geneticamente modificada com um antígeno da hepatite B. Em 2000 William Langridge desenvolveu tomates e batatas com vacinas para as três principais causas da diarréia. Alimentando animais com estas frutas ou tubérculos, conseguiram resultados excelentes: as cobaias tiveram respostas positivas de imunidade da mucosa e sistêmica e não contraíram a doença quando expostas aos agentes patológicos reais. Muitos resultados deixam claro que as vacinas comestíveis são, de fato, eficazes.

 Um dos obstáculos da produção das vacinas comestíveis é a escolha da planta ideal, pois cada uma apresenta vantagens ou desvantagens. As batatas se propagam rapidamente e podem ser estocadas por longos períodos, mas devem ser ingeridas sem cozimento, o que não é uma prática comum. As folhas de tabaco, extensivamente estudadas, não fazem parte da dieta de nenhuma população. As bananas não precisam ser cozidas, mas levam anos para dar frutos, e estes são sazonais. Por isso, outras plantas têm sido testadas, como alface, cenouras, amendoins, trigo, tomate, milho arroz e soja. Além disso, algumas empresas farmacêuticas tentam promover descrédito na estratégia das vacinas comestíveis, por razões óbvias: o mercado das vacinas injetáveis representa bilhões de dólares. Outro desafio é que estas vacinas não sejam rejeitadas pela população que, pela falta de informação, acredita que os alimentos geneticamente modificados são perigosos para a saúde.

 

Além dos benefícios das vacinas comestíveis, estão as vacinas geneticamente modificadas. O professor de Biologia Geral da UFMG, Vasco Azevedo, explica que, além dos benefícios econômicos, a produção de vacinas transgênicas pode resultar em soluções diretas à saúde humana. Vacinas transgênicas contra a tuberculose, leishmaniose, Doença de Chagas, esquistossomose e malária já são pesquisadas e, no futuro, até a AIDS pode ter cura, graças à biotecnologia. Segundo a zootecnista Ana Karina Salman, do Centro de Pesquisas Agroflorestais da Embrapa Rondônia, as vacinas transgênicas também garantem vantagens com relação à segurança. “A imunização convencional oferece risco ao paciente, pois é produzida com vírus ou bactérias vivas, que atenuam o sistema imunológico na produção de anticorpos ou imunidade celular, podendo desenvolver a doença que se pretende prevenir”. Para a pesquisadora, as vacinas transgênicas são mais seguras, pois são desenvolvidas utilizando uma parte da molécula do DNA ou de uma proteína do agente causador da doença, ou até mesmo o próprio agente causador modificado geneticamente, para que o mesmo se torne não-patogênico. 

 No Brasil, diversos centros de pesquisas já trabalham no desenvolvimento e produção de vacinas transgênicas. O Instituto Butantan, que desde 1995 produz em escala industrial uma vacina transgênica contra a Hepatite B. A Embrapa Recursos Genéticos e a Embrapa Gado de Corte também já desenvolvem projetos para a imunização via transgenia contra carrapatosem bovinos. Outradoença que poderá, em breve, ser controlada com a ajuda da biotecnologia é a febre aftosa bovina. O Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária da Argentina trabalha em pesquisas para a produção de uma vacina transgênica contra a febre aftosa.

 Em 04/2008 a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou a liberação comercial da primeira vacina veterinária transgênica no Brasil, a Suvaxyn PCZ, que protege suínos contra a circovirose. A doença, comum no Brasil, ataca leitões e causa icterícia, fraqueza e morte dos animais. Recentemente (abril/20111) foi aprovada para uso comercial pela CTNBio uma nova vacina geneticamente modificada de uso veterinário contra doenças em aves. O produto atua contra duas importantes enfermidades em aves, a doença de Marek (caracterizada por tumores em diferentes regiões do corpo) e a laringotraqueíte infecciosa (doença respiratória). Ambas são graves e frequentemente levam o animal à morte. Com essa aprovação, já são doze vacinas geneticamente modificadas (todas de uso animal) liberadas para comercialização no Brasil (além de oito variedades de algodão, cinco de soja, 15 de milho e uma levedura para produção de biocombustível).

Com o maior desenvolvimento destas vacinas, grandes avanços acontecerão, tanto para a saúde humana, como para a animal. Apenas reforçando, que nem todas as vacinas geneticamente modificadas são comestíveis. São dois tipos de vacinas desenvolvidas pela biotecnologia:  uma é produzida por um vegetal e pode ser consumida (por isso são chamadas de comestíveis), e a outra é produzida através de técnicas de biotecnologia, mas precisam ser refrigeradas, etc .

Um vídeo sobre vacinas transgênicas: http://videos.engormix.com/pt/10353/vacinas-transgenicas/p0.htm

Fontes

Monsanto

CTNBio

http://www.profpc.com.br/Vacinas%20Comest%C3%ADveis/Vacinas_comest%C3%ADveis.htm

http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?id=10988

http://www.webartigos.com/articles/33287/1/Vacinas-transgenicas-a-grande-solucao-futura-ao-nosso-alcance/pagina1.html#ixzz1LocfCoOa

 

Brasil é o segundo maior produtor de transgênicos do mundo

Depois de um longo período sem postar nada, devido a minha mudanca para Edimburgo (Escócia), onde estou inciando um Pós Doc no Instituto Roslin, posto aqui uma notícia interessante sobre transgênicos cultivados no Brasil.

O Brasil plantou 25,4 milhões de hectares (ha) de cultivos transgênicos ou geneticamente modificados (GM) em 2010, um aumento de 19% (ou 4 milhões de hectares) em relação ao ano anterior (21,4 milhões).

O resultado levou o Brasil a consolidar a importante posição conquistada em 2009, quando passou a ocupar o segundo posto no ranking mundial de países que adotam as culturas transgênicas. De um total de 148 milhões de hectares plantados no mundo em 2010, os EUA permanecem no topo da lista (66,8 milhões), seguidos por Brasil (25,4 milhões) e Argentina (22,9 milhões).

Área mundial de culturas GM em 2010 (milhões de ha) – 5 maiores produtores

Posição País Área (em milhões de hectares) Culturas GM
1 EUA 66,8 Soja, milho, algodão, canola, abóbora, papaia, alfafa e beterraba
2 Brasil 25,4 Soja, milho e algodão
3 Argentina 22,9 Soja, milho e algodão
4 Índia 9,4 Algodão
5 Canadá 8,8 Canola, milho, soja e beterraba

O Brasil plantou 25,4 milhões de hectares:

  • Soja 17,8 milhões de hectares (75% do total plantado com soja)
  • Milho 7,3 milhão de hectares (55% do total plantado com milho)
  • Algodão0,25 milhão de hectares (26% do total plantado com algodão).

De acordo com Anderson Galvão, representante do ISAAA no Brasil, o aumento de produtividade decorrente das plantações transgênicas contribuiu para dobrar a produção brasileira anual de grãos nos últimos 20 anos, enquanto a área utilizada para as plantações aumentou apenas 27%.

Para Clive James, presidente do ISAAA, com a capacidade de levar à produção até 100 milhões de hectares de área plantada, o Brasil continuará sendo a mola propulsora na adoção global de plantações biotecnológicas e está investindo em infraestrutura para apoiar esse crescimento.

Em 2010 foram plantados 148 milhões de hectares de transgênicos no mundo, crescimento de 10% em relação ao ano anterior. Ao todo, 15,4 milhões de agricultores de 29 países plantaram culturas geneticamente modificadas.

Os países em desenvolvimento cultivaram 48% das plantações GM globais em 2010 e, segundo o ISAAA, ultrapassarão as nações industrializadas até 2015. Os países da América Latina e da Ásia deverão ser os maiores responsáveis pela ampliação dos hectares globais cultivados com lavouras GM na segunda década de comercialização da tecnologia.

Perspectivas para os próximos anos – De acordo com Clive James, são esperadas, para os próximos anos, aprovações de novas culturas com importantes características nutricionais e agronômicas. Um dos exemplos é o arroz com provitamina A, ou arroz dourado, que, espera-se, esteja disponível para ser plantado nas Filipinas em 2013, depois em Bangladesh, Indonésia e Vietnã.   “É um importante progresso”, afirma James. “Mais de 6.000 mortes por dia podem ser evitadas com o arroz dourado em populações com deficiência desse nutriente.” Também é aguardada a comercialização do arroz Bt resistente a insetos, que deve ser apresentada antes de 2015. O milho tolerante à seca é esperado nos EUA no começo de 2012 e, de forma importante, na África até 2017. 

GM soya beans

Estão em desenvolvimento variedades de trigo GM com diversas características, entre elas: tolerância à seca, resistência a doenças e qualidade dos grãos. Os primeiros devem estar prontos para comercialização em 2017, segundo o ISAAA.

James espera ainda que outras culturas sejam aprovadas para comercialização até 2015: batata resistente à requeima, cana-de-açúcar com melhores características de agronomia e de qualidade, banana resistente a doença, berinjela, tomate, brócolis e repolho Bt, além de mandioca, batata doce, leguminosas e amendoim GM.

O Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agro-Biotecnológicas (ISAAA) é uma organização sem fins lucrativos com uma rede internacional de centros voltada para contribuir para minimizar a fome e a pobreza, compartilhando conhecimento e aplicações de plantações biotecnológicas. Clive James, presidente e fundador do ISAAA, viveu e/ou trabalhou, nos últimos 30 anos, nos países em desenvolvimento da Ásia, América Latina e África, dedicando esforços para questões de pesquisa e desenvolvimento agrícola com foco na biotecnologia de plantações e na segurança global de alimentos.

Fonte: http://www.cib.org.br/em_dia.php?id=1333

Plantas transgênicas: últimas novidades

             As plantas transgênicas ou organismos geneticamente modificados (OGMs) são vegetais que contêm um ou mais genes pertencentes a outros organismos (os chamados transgenes), que são introduzidos por meio de técnicas específicas de engenharia genética. Estas técnicas permitem que os transgenes sejam isolados e transferidos para o novo organismo. Estes transgenes não precisam ser necessariamente de um vegetal, também podem ser oriundos de um animal ou bactéria.

           Com estes novos genes, o vegetal adquire novas características, que não apresentavam anteriormente. Assim, o organismo transgênico apresenta modificações impossíveis de serem obtidas com técnicas de cruzamento tradicionais, como uma planta com gene de vaga-lume ou uma bactéria produtora de insulina humana.

           A primeira planta transgênica foi obtida em 1983, com a incorporação de um DNA de uma bactéria. Já em 1992 foi obtido um tomate transgênico pela Calgene (EUA) e a partir de 1994 ele foi comercializado.

          O objetivo deste “post” foi enumerar alguns dos últimos vegetais transgênicos de importância econômica que foram desenvolvidos (ou estão em desenvolvimento) nos últimos seis meses (junho/2010 – nov./2010). A busca foi realizada no website Conselho de Informações sobre Biotecnologia (http://www.cib.org.br). Claro que são apenas alguns, deve existir muito mais do eu que citarei aqui.

1. Cana-de-açúcar
Local: Brasil/ Centro de Tecnologia Canavieira e iniciativa privada. 
Objetivo: aumento da produção de biocombustíveis.
Nova característica: maior teor de açúcar.
Data da notícia: junho de 2010.
Situação: em desenvolvimento, podendo ser concluído em 2015.
 
2. Tabaco
Local: Israel/ Universidade de Jerusalém.
Objetivo: produção de colágeno para implantes e para outros procedimentos da medicina regenerativa.
Nova característica: produção de colágeno humano (5 genes).
Data da notícia: junho de 2010.
Situação: concluído (patenteado)/ primeira produção comercial.
 
3. Banana
Local: Uganda
Objetivo: evitar perdas na produção pela doença chamada popularmente de Murcha da banana (Xanthomonas).
Nova característica: resistência contra a doença Xanthomonas (2 genes da pimenta doce).
Data da notícia: junho de 2010.
Situação: finalizado/ faltam testes de campo.
 
4. Tomate
Local: EUA/ Universidade de Purdue.
Objetivo: aumento da vida de prateleira, o que facilitará a distribuição a comercialização de alimentos.
Nova característica: maior durabilidade (adição de um gene da levedura que retarda o envelhecimento e deterioração).
Data da notícia: junho de 2010.
Situação: ?
 
5. Tomate
Local: Japão.
Objetivo: produção da miraculina (poder adoçante).
Nova característica: produção da proteína miraculina, que é capaz de transformar sabores amargos em doces (genes da chamada fruta milagrosa, de um arbusto típico da África).
Data da notícia: agosto de 2010.
Situação: ?
 
6. Berinjela
Local: Filipinas.
Objetivo: evitar prejuízos causados pela doença, reduzir usos de pesticidas.
Nova característica: resistente à broca do fruto (gene da bactéria Bacillus thuringiensis).
Data da notícia: setembro de 2010.
Situação: ?
 
7. Batata
Local: Índia.
Objetivo: aumento de produção de alimentos e combate à fome.
Nova característica: aumento de 10% de proteína (gene do amaranto) e maior produtividade.
Data da notícia: setembro de 2010.
Situação: finalizado/ já foram feitos testes de biossegurança no campo e na alimentação.

Fontes